A febre infantil geralmente acende um sinal de alerta nos pais, que muitas vezes se sentem inseguros sobre o que fazer para ajudar a criança a melhorar: quando dar remédios, levar ao médico etc.
Esclarecer essas e outras dúvidas, tais como o que fazer para baixar a febre infantil, quando ela se torna mais preocupante, entre outras, é o que pretendemos esclarecer com este artigo. Acompanhe!
Qual a temperatura da febre infantil?
Para começar, vamos entender com qual temperatura podemos considerar que a criança está com febre?
Para se considerar qual a temperatura da febre infantil, deve-se levar em conta a maneira e o local em que a medição é realizada ¹:
- via retal ≥ 38º C;
- via axilar ≥ 37,6º C;
- via timpânica ≥ 37,8º C;
- via oral ≥ 37,6º C.
Além disso, de acordo com a Academia Americana de Pediatria, a temperatura normal das crianças pode variar de acordo com sua idade, atividade e a hora do dia ².
Por exemplo, a temperatura dos pequenos costuma ser maior no começo da noite e menor entre a meia-noite e o início da manhã.
O que fazer para baixar a febre infantil?
Antes de mostrar o que fazer para baixar a febre infantil, vamos abrir um parênteses aqui para lembrar que a febre nada mais é do que uma reação natural do organismo, ao tentar combater agentes infecciosos, ou outros processos inflamatórios.
Portanto, ela nem sempre é uma vilã ou um sinal de alerta para algo grave, como passa na cabeça da maioria dos pais, mas sim um mecanismo natural de defesa do corpo de seu filho.
Em grande parte das vezes, é recomendado apenas o monitoramento da temperatura e o gerenciamento dos desconfortos advindos da febre. Veja algumas dicas ¹:
- colocar roupas frescas na criança e mantê-la em um ambiente ventilado;
- manter a hidratação constante, com ingestão de líquidos (principalmente água);
- adequar a roupa de cama à sensação de frio ou de calor;
- respeitar o apetite da criança;
- não se deve tentar arrefecer a temperatura do pequeno de forma brusca, como por meio de banhos gelados, compressas embebidas em soluções alcoólicas ou ventoinhas. Além de não funcionar, essas medidas podem aumentar seu desconforto.
Há indicação para uso de antitérmicos para temperaturas > 38º C, como pode ser observado nesta tabela de febre infantil ³:
Porém, se a criança está confortável, não é preciso tentar baixar a temperatura a todo custo, mas sim vigiar se surgirem sinais de alerta ¹, sobre os quais falaremos no próximo tópico.
Quando ligar o sinal de alerta para a febre infantil?
Como explicamos no tópico anterior, a principal maneira de gerenciar a febre infantil é monitorá-la e tomar medidas que aliviam os desconfortos provocados pelo aumento da temperatura.
É importante observar o estado geral de seu filho. Se ele brinca e tem uma atividade normal, apesar da febre, perde um pouco o apetite, mas não recusa todo tipo de alimento, fica tranquilo no colo etc., é sinal de que não há nada tão grave ¹.
Já outros sinais podem indicar a presença de doenças sem gravidade, mas que exigem consultas médicas, como tosse, dor ao engolir, placas brancas na garganta, diarreia moderada e sem sangue etc ¹.
Porém, há casos em que a criança deve ser levada imediatamente para receber cuidados médicos, como quando ela tem idade inferior a três meses, principalmente recém-nascida, ou quando ela apresenta algum desses sintomas ³:
- febre de mais de 39,4°C (especialmente se acompanhada de calafrios);
- mau estado geral, com letargia e/ou irritabilidade excessiva;
- ausência de sorriso;
- pele muito pálida ou moteada;
- choro inconsolável;
- respiração gemente, entrecortada ou ofegante;
- duração da febre maior que 72 horas.
Sabia que a imunidade dos pequenos requer mais cuidados?
Como vimos logo no início deste artigo, a febre infantil nada mais é do que uma reação natural do sistema imune dos pequenos, na tentativa de combater agentes causadores de doenças.
Porém, você sabia que a imunidade infantil é imatura, principalmente até os 2 anos de idade 4, e sua resposta imunológica vai sendo construída ao longo de seu desenvolvimento?
É por isso que as crianças, principalmente as menores de 3 anos, tendem a ser mais suscetíveis à infecções, ficando doentes mais vezes ao ano.
Com isso, é essencial tomar medidas para auxiliar a imunidade da criança e ela não ficar desprotegida. Os dois principais pilares da imunidade infantil são: o aleitamento materno e a vacinação em dia.
Outra maneira de ajudar o sistema imune de seu filho é fornecer os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento. Para tanto, a criança deve ter uma dieta nutritiva e balanceada, com alimentos que incluam todos os grupos nutricionais (proteínas, gordura, carboidratos e vitaminas e minerais essenciais) 5.
Há também alguns casos de recomendação de suplemento alimentar infantil, como por exemplo, a vitamina D e o ferro 6.
Consulte o pediatra do seu filho para orientações sobre suplementação e dosagens a serem ministradas.
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