03/03/2023

Você conhece uma pessoa que consome cinco ou mais remédios todos os dias? Não inclua seu amigo que ingere diversas vitaminas - estamos nos referindo a medicamentos farmacológicos. Se sim, você já tem uma noção sobre o que é polimedicação.

Essa prática está em alta no Brasil, seguindo o envelhecimento da população brasileira. Para se ter uma noção: em 2010, a população idosa brasileira era de mais de 20 milhões de pessoas. Mas, em 1960, este número era pouco não superava muito os 3 milhões de cidadãos1.

Com a expectativa de vida crescendo a cada ano que passa, a população brasileira começa a enfrentar alguns problemas de saúde causados pelo envelhecimento do corpo. E, para tratar, algumas pessoas recorrem à polimedicação.

Mas, o que é essa prática? Quando entramos neste tema, muitas questões podem surgir, como quem pode fazer uso da polimedicação ou quando usar a polimedicação.

Se você está com essas dúvidas, continue este texto com a gente. Aqui, vamos explicar como funciona a polimedicação nos mínimos detalhes. Então, nos acompanhe e faça uma ótima leitura! 

O que é polimedicação?

Basicamente, polimedicação é a prática de se ingerir cinco ou mais medicamentos por dia de maneira contínua. Ela também pode ser chamada de politerapia ou polifarmácia e é mais comum em idosos1 2.

Entretanto, essa definição pode ficar um pouco mais confusa dependendo da fonte pesquisada. Por exemplo, existem médicos que caracterizam como polifarmácia o uso de dois a quatro remédios todos os dias de maneira contínua2.

Por outro lado, há quem defina a prática como o uso “desnecessário” de medicamentos2. Mas, por ser mais comum e utilizado no âmbito médico, iremos tratá-la como o uso maior ou igual a cinco produtos farmacológicos todos os dias.

Como funciona a polimedicação?

A polimedicação funciona com o consumo de cinco ou mais medicamentos diários e de uso contínuo. Isso significa que eles não precisam ser controlados ou receitados por um médico1 2 3 4

Ficou confuso? Vamos exemplificar: Maria tem receita para três medicamentos controlados. Entretanto, todos os dias, ela sente incômodos no corpo. Sendo assim, religiosamente, Maria ingere mais dois comprimidos por conta própria, um de manhã e um à noite. Neste caso, ela faz uso da politerapia.

Por outro lado, Sérgio tem receita para seis medicamentos. Todos foram indicados por médicos que sabiam das suas condições e dos remédios que ele fazia uso. Neste caso, Sérgio também se utiliza desta prática. 

Benefícios da polimedicação

De modo geral, o benefício desta prática se encontra no tratamento dos problemas de saúde do paciente. Para isso, a pessoa precisa estar com seus exames e consultas em dia, já que o acompanhamento médico é muito necessário em casos de polimedicação1 2 3 4.

Geralmente, quem pode fazer uso da polimedicação são os idosos, já que essa parte da população pode desenvolver mais problemas de saúde2.

Para comprovar este ponto, uma pesquisa mostrou que 89,7% dos entrevistados tinham condições cardiovasculares e 33,3% desenvolveram algum problema endócrino nutricional e metabólico, como diabetes, obesidade e osteoporose2.

Desse jeito, se um paciente possui mais de uma doença, vai ser necessário um tratamento com um número maior de fármacos, resultando em uma possível politerapia.

Os perigos da polimedicação

Essa prática também apresenta muitos perigos, como a possibilidade de efeitos colaterais indesejados e uma dificuldade na continuidade do tratamento farmacológico3. Por isso, antes de entender quando usar a polimedicação, precisamos estar cientes dos seus riscos.

Entre eles, estão2 3 4:

  • dificuldade em se adaptar ao tratamento. Imagine só, se muitas pessoas reclamam de ingerir um comprimido, pense como deve ser tomar mais de cinco remédios por dia. Isso pode gerar uma dificuldade em seguir o tratamento à risca, ou seja, ministrar os remédios nos horários e quantidades indicadas;
  • esquecimento. Uma pesquisa mostrou que 47% dos idosos esquecem de tomar os remédios, situação que pode ser acentuada com a presença de muitos medicamentos;
  • dificuldade financeira. Em 2009, um estudo sinalizou que 23% do salário mínimo dos idosos era destinado à compra de medicamentos. Corrigido pela inflação, hoje em dia, esse valor seria de R$300 todos os meses gastos em farmácia. Muita coisa, não é mesmo?;
  • efeitos colaterais causados pela junção de medicamentos. Alguns fármacos podem “brigar” dentro do corpo. Isso faz com que o paciente sinta dores e possa sofrer outros problemas de saúde, podendo ser levado a uma internação;
  • efeito cascata. Imagine que você toma um remédio que dá sono de manhã. Para evitar, você também faz uso de outro medicamento que proporciona mais energia. Isso é um efeito cascata, que foi apresentado por alguns praticantes da politerapia;
  • intoxicação. Este é o caso mais grave do “abuso” de medicamentos, já que o corpo dos idosos pode ter mais dificuldade em eliminar os fármacos. Uma intoxicação medicamentosa pode até levar a pessoa a óbito.

Como você pode perceber, existem mais riscos do que benefícios da polimedicação. Então, você só deve fazer uso desta prática quando recomendado pelos seus médicos.

Quem pode fazer uso da polimedicação?

A regra é simples: só pode fazer uso da polimedicação quem estiver em dia com os seus exames e consultas médicas.

É possível traçar um “perfil” das pessoas que mais fazem uso desta prática. As mulheres idosas com mais de 80 anos são as pacientes que mais fazem uso desta prática1 2 3 4. Porém, essa não é uma regra.

Dentro da polifarmácia, os medicamentos cardiovasculares são os campeões de uso. Segundo pesquisas, em seguida se encontram os comprimidos contra o diabetes, conhecidos como hipoglicemiantes. Antidepressivos, ansiolíticos e analgésicos também são citados entre os remédios mais utilizados3.

Quando usar a polimedicação?

Apenas quando todos os seus médicos estiverem cientes dos medicamentos que você faz uso todos os dias. Isso pode prevenir uma possível incompatibilidade entre remédios e melhorar a adaptação ao tratamento.

Por isso, separamos algumas regrinhas para quem consome cinco ou mais medicamentos continuamente2:

  • evite a automedicação. No momento que o seu corpo está sobrecarregado com medicamentos, você deve evitar tomar outros comprimidos por conta própria. Por isso, só faça uso de fármacos indicados, receitados e liberados pelos seus médicos;
  • comunique abertamente sobre os seus medicamentos. Se você frequenta mais de um médico, todos devem saber quais remédios e em quais quantidades você consome. Assim, eles estarão na mesma página em relação ao seu tratamento;
  • não mude as doses indicadas. Se o médico passou para você tomar 100mg de um remédio todos os dias, siga à risca essa orientação. Ou seja, não adicione ou diminua a quantidade do medicamento por conta própria e, muito menos, mude a medicação.

Além disso, se você possui dificuldade em lembrar de tomar os medicamentos, não tenha vergonha de pedir ajuda!

E como fica o uso dos suplementos alimentares?

Bem, estudos mostram que o uso constante de muitos medicamentos pode causar problemas no sistema gastrointestinal e sistema excretor, como no estômago, no fígado e nos rins3. Desse jeito, você deve optar por suplementos alimentares que não vão sobrecarregar o corpo.

Um exemplo é a Addera Max, desenvolvida pela Addera, vitamina D número 1 do Brasil5 e a mais recomendada pelos médicos no país6.

Esse produto contém doses indicadas de vitamina D no formato de calcifediol, ou seja, dispensa a ação do fígado na síntese do nutriente. Desse jeito, ela não demanda esforço do órgão para ser metabolizada.

Por isso, o produto pode ser uma ótima opção para idosos, obesos, pessoas com problemas cardiovasculares e que possuem dificuldade em absorver a vitamina D. Não deixe de conferir!