27/04/2022

O filme orodispersível pode ser uma ótima alternativa para pacientes com dificuldade de deglutição.

Na prática, nenhum paciente se sente confortável em tomar remédios, não é verdade? Principalmente quando são maiores, ou se o indivíduo possui alguma dificuldade para engolir.

Isso é muito mais comum do que você pode imaginar. Afinal, muitas doenças podem afetar a musculatura ou habilidade de deglutição3. Como, por exemplo:

  • Doenças neurológicas,

 

  • AVC
  • Doenças sistêmicas
  • Câncer na região da cabeça e pescoço
  • Quadro degenerativo ligado ao envelhecimento
  • E, até mesmo, ocasionado por efeitos colaterais medicamentosos.

De acordo com Patrícia Paula Santoro, médica otorrinolaringologista, em artigo para a Revista CEFAC, 16% a 22% da população acima de 50 anos apresentam essa dificuldade. A porcentagem é ainda maior em pacientes que sofreram AVC, 20% a 40%3.

E pode chegar a 95% entre os pacientes com doença de Parkinson3.

Estamos falando de casos clínicos, mas a dificuldade de deglutição pode ser apenas por um incômodo. O fato é que seria muito útil se existisse uma forma de medicamento que atendesse a esse público, certo?

O filme orodispersível é exatamente essa solução! Vamos entender melhor o que significa esse termo, quais medicamentos podem ser moldados e os benefícios dele para a população?

O que é filme orodispersível?

O filme orodispersível, ou strip oral, é uma forma ou preparação farmacêutica que atua como alternativa para comprimidos e cápsulas. Ele é uma pequena "lâmina" hidrossolúvel, que dissolve em poucos segundos quando colocada em contato com a saliva1.

Os ingredientes presentes na fórmula são, assim, liberados e absorvidos rapidamente pela mucosa oral. Diferente das demais formas farmacêuticas que normalmente precisam ser metabolizadas no fígado1.

As praticidades do filme orodispersível fizeram com que ele se popularizasse com rapidez. Naturalmente, hoje, existem inúmeros ativos, remédios e suplementos que podem ser manipulados nesse formato.

Mas ainda é um formato novo, com um longo caminho para melhorias e adaptações que o tornem ainda mais democrático.

Todos os medicamentos podem ser transformados em orodispersível?

Como você já deve imaginar, não são todos os suplementos e medicamentos que podem ser manipulados na forma de filme orodispersível. Afinal, devido ao seu tamanho e formato, ele possui algumas restrições. Como, por exemplo, uma dosagem máxima, que restringe a forma a medicamentos com dosagem igual ou inferior a 50 mg.

Outro ponto é relacionado ao seu armazenamento. Ele é hidrossolúvel, portanto, pode sofrer alteração na sua composição se tiver contato com umidade. Também não é possível manipular medicamentos afetados pelo pH bucal. Essa interação pode comprometer a formulação e diminuir o efeito do filme orodispersível.²

De maneira geral, os medicamentos de urgência, atuantes em doenças que afetam a deglutição são comumente manipulados na forma de filme orodispersível2. Tais como:

  • anti-histamínicos

 

  • medicamentos para transtornos mentais, como antipsicóticos
  • antidepressivos e inibidores da acetilcolinesterase
  • e medicamentos para tratar enxaquecas, como triptanos.²

Além, é claro, de suplementos, como D3 e melatonina.

Como mencionamos, por se tratar de uma inovação farmacológica, ainda há um campo muito extenso para ser estudado e desenvolvido. Naturalmente, as condições de armazenagem, tipos de medicamentos compatíveis e fórmulas desenvolvidas serão adaptadas para melhor dispersão e abrangência dos filmes orodispersíveis.²

Para quem é indicado o filme orodispersível?

Falamos acima que o filme orodispersível é comumente indicado para pessoas com dificuldade de deglutição3. Essa questão não precisa ser, necessariamente, uma enfermidade relacionada a doenças sistêmicas, neurológicas ou motivada por sequelas de outros quadros.

O filme orodispersível pode ser utilizado, com indicação médica, por pacientes que tenham qualquer restrição ou dificuldade com medicamentos e suplementos em cápsula ou comprimido.

O seu uso, portanto, pode ser indicado para acamados, crianças, idosos e pessoas que sintam mais facilidade com essa forma de medicação e suplementação. Lembrando que é necessário consultar o seu médico para realizar o uso de qualquer suplemento ou medicamento!

Benefícios da forma orodispersível

Você já deve imaginar que existem muitos benefícios atrelados ao filme orodispersível. Afinal, ele surgiu como uma possibilidade muito mais democrática para a ingestão de suplementos e medicamentos.

Na prática, temos uma fórmula:

  • Mais prática, pois pode ser ingerida sem o auxílio de água. Isso permite o uso em locais de trabalho, escola e outras atividades que não podem ser interrompidas. Assim como quando o paciente está em trânsito e sem possibilidade de auxiliar a deglutição com água1
  • Com rápida absorção, afinal, o filme orodispersível é absorvido rapidamente na mucosa oral. Essa é uma característica muito importante em medicamentos emergenciais, ou para sanar dores mais rapidamente1

 

  • Minimiza efeitos colaterais, pois não precisa ser metabolizado pelo fígado. Diminuindo, assim, as chances de efeitos não desejados1
  • Auxilia no tratamento mais confortável de pessoas acamadas, com problemas ou dificuldade de deglutição. Assim como pacientes não colaborativos, como crianças, pacientes debilitados e idosos. Tornando o processo de medicação muito menos estressante.1

Por fim, hoje, já existem algumas fórmulas capazes de tornar o filme orodispersível muito mais palatável que os medicamentos comuns.¹ Como é preciso que ele tenha contato direto com as papilas gustativas, diferentes de outras formas, trata-se de uma evolução muito positiva.

Para obter esse resultado, é acrescido na sua composição edulcorantes, aromatizantes e flavorizantes, que podem contribuir para amenizar o gosto e o cheiro dos medicamentos.¹

Esse conjunto de benefícios, portanto, torna o processo de medicação mais prático, rápido e confortável.

Como tomar um remédio orodispersível?

Uma das principais características do filme orodispersível é ser solúvel em água. Ou seja, para a sua correta absorção ele precisa estar em contato com a saliva até a sua diluição total.

A melhor forma de tomar o filme orodispersível é, portanto, colocá-lo diretamente em contato com qualquer área da mucosa oral. Pode ser nas laterais, abaixo ou acima da língua. O mais comum é acima, como ilustrado na imagem abaixo:

A composição, dosagem e frequência variam conforme a idade, necessidades do paciente e tipo de medicamento.

Portanto, antes de utilizar qualquer suplemento ou medicamento, consulte seu médico para entender suas necessidades.

Vitamina D na forma de filme orodispersível - Você já conhece?

Como mencionamos acima, também existem alguns suplementos na forma de filme orodispersível, como a vitamina D3, por exemplo.

Você conhece Addera, a vitamina D número 1 do Brasil4 e a mais recomendada pelos médicos no país5?

Conheça nossa linha Addera D3, com diversos suplementos para auxiliar a sua saúde. Como, por exemplo, Addera Flash, produto rico em vitamina D que auxilia no funcionamento do sistema imune e muscular. Além da formação de ossos e dentes.

 

<a href="https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/filmes-orodispersiveis" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TESCAROLLO, Iara Lúcia. Et al. Caracterização de filmes </a><a href="https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/filmes-orodispersiveis" target="_blank" rel="noreferrer noopener">orodispersíveis</a><a href="https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/filmes-orodispersiveis" target="_blank" rel="noreferrer noopener"> formulados com flavorizantes naturais. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.</a> Disponível em: &lt;<a href="https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/filmes-orodispersiveis" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/filmes-orodispersiveis</a>&gt;. Acesso em janeiro/2022;&nbsp;


TEMER, Ana Cláudia Silva. Avaliação da partição de comprimidos orodispersíveis. 2017. 66 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) Universidade de Brasília, 2017. Disponível em: &lt;<a href="https://repositorio.unb.br/handle/10482/24829" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://repositorio.unb.br/handle/10482/24829</a>&gt;. Acesso em janeiro/2022;&nbsp;


Revista CEFAC: Editorial II - disfagia orofaríngea: panorama atual, epidemiologia, opções terapêuticas e perspectivas futuras. Disponível em: &lt;<a href="https://www.scielo.br/j/rcefac/a/6rbvHfBjptLPjWD99c3znMJ/?lang=pt" target="_blank" rel="noreferrer noopener">https://www.scielo.br/j/rcefac/a/6rbvHfBjptLPjWD99c3znMJ/?lang=pt#</a>&gt;. Acesso em janeiro/2022;&nbsp;


QVIA PMB Dezembro/2020;&nbsp;&nbsp;&nbsp;


Close-up Dezembro/ 2020.